Julgue o livro pela capa!

     Como assim? Você sempre ouviu o oposto e já julgou o título desse post? Pois bem, leia atentamente esse texto e veja por outro ponto de vista sobre a importância de se julgar o livro pela capa, principalmente o livro infantil, o livro que escolherá para o seu filho.

Pela capa já dá para ver muito!

Autor

     A capa de um livro traz muitas informações do que encontrará em seu interior. Comecemos pelo nome do autor. Por experiência, já reconhecemos alguns bons autores. Pare por alguns segundos e pelo menos 3 nomes deverão vir rapidamente em sua mente. Os bons autores são queles que possuem habilidade em criar personagens cativantes, enredos envolventes e diálogos, fazendo-nos vivenciar experiências únicas e profundas. Além disso, a clareza e fluidez de sua escrita tornam a leitura uma experiência leve e acessível, mesmo quando abordam temas complexos. Bons autores também despertam nossa imaginação, incentivando-nos a explorar novas perspectivas e refletir sobre questões essenciais da vida. Suas obras têm o poder de nos emocionar, inspirar e nos conectar com nossa própria humanidade, tornando a leitura não apenas uma atividade intelectual, mas uma experiência enriquecedora para a alma. Esses são os bons autores que já conhecemos bem e que confiamos.

     Por outro lado, encontramos aqueles bons autores que reconhecemos a criatividade e domínio da escrita, porém possuem, por vezes, algumas ideias que não contribuem para os bons valores. Os livros desses autores devem ser analisados com muita cautela! Devemos prestar atenção na personalidade dos personagens, qual mensagem o autor quer passar com aquela situação ou com aquela história. Por vezes, encontraremos bons livros desses escritores, por outras, por mais que goste do autor, não.

   Assim como reconhecemos os bons autores, também reconhecemos os maus autores. Esses escritores, infelizmente, apresentam características que podem prejudicar a experiência de leitura e afastar os leitores de suas obras. Em primeiro lugar, maus autores podem ser negligentes em relação à qualidade da escrita. Eles podem apresentar uma gramática e ortografia deficientes, falta de clareza nas ideias e uma narrativa desorganizada, o que dificulta a compreensão e torna a leitura confusa e desagradável.

     Além disso, alguns maus autores podem criar personagens rasos e pouco desenvolvidos, tornando a leitura, se não improdutiva e monótona, algo que não agrega valores. E isso é algo muito comum de se encontrar.

     A criança é um ser em constante aprendizado. Se lhe oferecemos um livro com histórias bobas, rasas e imagens esquisitas, como acha que está sendo formado o imaginário do seu filho? Não precisa ser nenhum doutor em moral, ética ou filosofia para saber que não será bom para a criança.

Ilustrações

     E por falar em imagens esquisitas, vamos falar de ilustrações de livros. E para entramos nesse assunto, teremos que falar de beleza! Sim, a beleza importa. Importa em todos os lugares, em tudo o que fazemos, lemos, vemos e ouvimos.

     A beleza é muito precisa e incondicional. Alguns malformados ou informados dirão que é relativo. E o relativismo está acabando com o mundo, pois virou justificativa para tudo o que as pessoas querem contrariar ou banalizar. 

     Não dá para banalizar o que é belo. O ser humano pode banalizar as artes, a música, destruir paisagens e belos monumentos, mas banalizar o belo, isso não é capaz. Pois o belo é inatingível. Assim como a verdade e o que é bom. Por mais mentiras que sejam inventadas, a verdade é uma só. Doa a quem doer. Por mais que o mau seja feito, o que é bom traz a luz em meio a escuridão. 

     E por que a ilustração bonita, bem-feita e detalhada do livro infantil é importante? Porque a beleza atrai! A beleza não é algo superficial, mas uma parte fundamental de como entendemos e interagimos com o mundo e com as pessoas. A beleza inspira, emociona, desperta, eleva, atrai e encanta. O contrário é vil, desinteressante, não traz valor, é raso, inexpressivo e, por vezes, é assustador, incompreensível e impreciso. 

     É fácil convencer uma mãe, a qual tem um filho que não gosta de comer alimentos saudáveis, de que é importante para sua saúde alimentos coloridos e naturais. Então a mãe se empenha em enfeitar o prato, deixar a comida mais atraente, bonita para o filho. E sabe por que é fácil convencer a mãe disso? Porque temos exames médicos que comprovam a desnutrição da criança. Por isso a mãe se preocupa com o que entra pela boca de seu filho. E o que entra pelos olhos e ouvidos? Não temos exames médicos que nos permitam ver o mal que se faz na alma, mas somente no corpo.

     O problema de expor nossas crianças ao que não é belo, não é visível aos olhos em um primeiro momento. Mas, se prestarmos atenção, observe as músicas que seu filho costuma escolher (e pior, podem ser as mesmas que você costuma ouvir). Observe como ele dança, como se veste, como trata as pessoas. É adequado? Cuidado mais uma vez com o relativismo assoprando em seu ouvido.

     A ilustração do livro do seu filho é muito mais importante do que você pensa. Não é somente um desenho. É algo que treina o olhar para o que é belo e bom. É alimento para a alma do seu filho.

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